IX. BILTZARRA - IX CONGRESO - IX CONGRESSO

ADIADA ATÉ 22 DE JUNHO

CHAMADA A COMUNICAÇÕES

Direção:

Mario Domínguez Maestre

Representante/Apoio COAVN: Matxalen Acasuso

Representante/Apoio COAVN-Gipuzkoa: Lorenzo Goicoechea

Secretarios: Estanislao Fernández / Olatz Ocerin / Esteban García / Judith Ubarrechena

 

Comité Científico:

José Ángel Sanz Esquide

José Ángel Medina Murua

Margherita Sani

Bixente Taberna Irazoki

Victoria Ateca Amestoy

João Carlos dos Santos

 

Organização:

Delegación Gipuzkoa- COAVN

Colegio Oficial de Arquitectos Vasco-Navarro

Fundación DOCOMOMO Ibérico

Escuela Técnica Superior de Arquitectura. UPV-EHU

Departamento de Arquitectura. UPV-EHU

Escuela Técnica Superior de Arquitectura. Universidad de Navarra

Instituto del Patrimonio Cultural de España - IPCE

 

Palestrantes / participantes em mesa redonda confirmados:

Josep Llinás

Elías Torres

Ricardo Flores +  Eva Prats

Mark O´Neill

Jose Antonio Bandeirinha

Alexandre Alves Costa

Randall F. Mason

Víctor López Cotelo

A Ordem Oficial de Arquitetos Basco-Navarro através da sua Delegação em Guipúscoa, a Fundação DOCOMOMO Ibério, a Escola Técnica Superior de Arquitetura e o Departamento de Arquitetura da Universidade do País Basco (UPV-EHU), a Escola Técnica Superior de Arquitetura da Universidade de Navarra, e o Instituto de Património Cultural da Espanha, convidam tanto a os profissionais da arquitetura como aos investigadores pertencentes a qualquer outro campo interessados no tema, a apresentar propostas de comunicações inéditas dentro das três áreas temáticas incluídas na estrutura do congresso.

 

O comité científico selecionará um mínimo de 18 propostas de comunicação para a sua posterior desenvolvimento e apresentação no Congresso. Assim mesmo, o Comité científico poderá selecionar outras propostas de comunicação para a sua publicação nas atas do Congresso.

 

O processo desenvolver-se-á segundo o seguinte calendário:

 

15 de junho:

5 de julho:

A partir de 7 de julho:

18 de outubro:

data limite de receção das propostas de comunicação (máximo 2100 caracteres).

seleção das comunicações por parte do Comité cientista.

notificação aos autores das comunicações aceitadas.

data limite de entrega dos textos definitivos das comunicações aceitadas (máx. 6 folhas, 12.600 caracteres incluídos espaços, máx. 10 imagens 300dpi)

As propostas de comunicação elaborar-se-ão de acordo com o Impresso de Pedido devidamente preenchido e deverão ser entregues por e-mail das 14.00 horas do dia 15 de junho de 2016 ao seguinte e-mail:

 

papers.docomomoIberico2016@coavn.org

 

COAVN – Delegación en Gipuzkoa – Paseo de Francia 11, 20012 Donostia / San Sebastián

 

O conceito de Património Cultural pode entender-se como uma construção social sucessiva no seio dos sistemas sociais. Mediante uma análise do conjunto de regras e condições de um sistema social vigente, e de como este conjunto resolve o fenómeno do Património Cultural como lhe dá carta de natureza social-, entendemos melhor as suas possibilidades de gestão. Hoje vivemos uma época de revisão desses sistemas sociais, pondo em questão quem propugna a legislação e as relações de poder, o papel que exerceu e deve exercer a Cultura, que tipo de processos regulam as relaciones cidadania/Administração, ou qual poderia ser um modelo económico viável, transparente e controlado.

A proposta do IX Congresso DOCOMOMO Ibérico quer propor estas perguntas, e ver como afetam ao património do movimento moderno. Este deverá enfrentar com a sua natureza de rutura com o anterior e proposta de melhoria social, para assim assegurar a sua viabilidade e melhor gestão, face a futuras mudanças económicas e novas vias para a governança.

 

Como núcleo e conceito que condensa a temática, se propõe o lema "Património Cultural e Sociedade". Abordar-se-á em três áreas temáticas: a relação do movimento moderno com a evolução social, o envolvimento do cidadão com este património arquitetónico, e as ferramentas para a sua economia e gestão. Apesar de que a temática parte do âmbito ibério, considerar-se-á a participação de propostas de âmbito internacional que profundizem nestes conteúdos do congresso, ainda mais considerando a excecional condição de que Donostia/San Sebastián, que acolhe o Congresso, é Capital Europeia da Cultura em 2016.

 

 

 

1. MOVIMENTO MODERNO E EVOLUÇÃO SOCIAL. Fortes mudanças sociológicas, económicas, cientistas e artísticas desenham o nascimento do que se veio a chamar movimento moderno, enquanto os acontecimentos do período de entreguerras são o cenario do novo estilo, (funcionalismo, estilo internacional…), tais como o ocaso da sociedade do XIX, as boas-vindas à 1ª idade da máquina, o craque bursátil de 1929, o cinema e a cultura de massas ou as manifestações políticas e artísticas, que marcam assim mesmo todo o devir de XX. Depois da II Guerra Mundial, a redefinição deste novo estilo vai desde o racionalismo e o organicismo ao novo brutalismo, mantendo-se estreitamente unido às mudanças sociais e políticas.

 

Exemplo de alguns eixos temáticos de interesse:

 

  • As mudanças e as transformações na arquitetura, vistos em relação com os outros campos da vida intelectual e artística, e com os sistemas de valores vigentes en cada época.
  • Condições económicas, políticas, sociais, que favorecem a aparição ou a aplicação dos conceitos  de “o novo“,  “rutura“,  “tradição“, e o seu reflexo na arquitetura do movimento moderno.
  • O conceito de “monumentalidad“, a sua significação e características ao longo do movimento moderno, e em relação com a perceção por parte do corpo social do facto arquitetónico.

 

Exemplos de algumas linhas a seguir na convocação de comunicações:

 

  • Análise de exemplos canónicos da arquitetura nos diferentes momentos do movimento moderno.
  • Experiências de “morada coletiva“, de “residência urbana“, de “conjuntos urbanos“ relacionados com as mudanças políticas-sociais.
  • Re-avaliação de metodologias, teoria e crítica do movimento moderno, vistas à luz do passo do tempo.

 

 

2. ENVOLVIMENTO CIDADÃO: FORMAÇÃO, INFORMAÇÃO, DIFUSÃO. O envolvimento do cidadão na tomada de decisões sobre a proteção do património urbano e arquitectónico atinge o seu significado mais pleno na expressão de Henry Lefebvre Direito à cidade, aberta ainda a explorar o seu alcance e significados, e que faz parte da teoria contemporânea sobre a cidade. O planeamento urbano hoje integra processos de participação e proteção do património cultural, envolvendo à cidadania e profissionais na gestão dos recursos culturais e patrimoniais, criando um maior sentido de propriedade coletiva sobre o próprio património, e facilitando a sustentabilidade das organizações culturais envolvidas.

 

Exemplo de alguns eixos temáticos de interesse:

 

  • Conceito de “direito à cidade“ e as suas possíveis leituras: contribuições dos CIAM, as posições de Jane Jacobs, os movimentos das décadas de 1950 e 1960, as situações de transição política, etc
  • Os âmbitos e as escalas da participação: unidade vecinal, neighbourhood unit, bairro ou comunidade, etc. As razões e interesses dos diferentes grupos sociais, e os seus resultados, que configuram, ao final do processo, a cidade.
  • A colaboração comunidade/instituições respeito dos conhecimentos, formação e informação dos não experientes.

 

Exemplos de algumas linhas a seguir na convocação de comunicações:

 

  • Experiências levadas a cabo em torno da formação e informação da cidadania, a participação ou colaboração da mesma na preservação e uso construtivo e atual dos bens culturais do movimento moderno, e a sua difusão.
  • Os conteúdos urbanos e o envolvimento: arquitetura residencial, dotacional, industrial, projetos de cidade e projetos urbanos, transformações e mudanças na cidade, a mobilidade, etc e o arquiteto nessa relação arquitetura/sociedade.
  • Papel das instituições na criação de condições de interação pública, tomada de decisões, planejamento, etc sendo a “governança participativa do património cultural” uma das prioridades do Plano de Trabalho para a Cultura da Comissão Europeia durante os próximos quatro anos.

 

 

 

3. GESTÃO E ECONOMIA DO PATRIMÓNIO CULTURAL. As rápidas transformações das sociedades de hoje, relacionadas com a globalização, a crise económica, social e de valores, e com o desenvolvimento exponencial da utilização das TIC, têm um claro impacto em como se aborda o património cultural, no modo de intervir nele, o utilizar e o viver aproveitando o seu potencial económico e a sua utilização sustentável. Um contexto tal reabre o debate sobre as técnicas de valoração de bens culturais imóveis e a obtenção do “valor cultural”. Para isso, as ferramentas propostas por diferentes disciplinas como a Economia da Cultura são reveladoras para os agentes encarregados da gestão destes bens.

 

Exemplo de alguns eixos temáticos de interesse:

 

  • A análise do valor económico do património.
  • Como compatibilizar nas sociedades en mudança e em crises o valor económico, o valor económico e o valor identitario e social do património.
  • A aplicação de métodos quantitativos de medição do valor e do impacto do património (não só do valor económico imobiliário, senão também de elementos intangíveis de branding, de coesão social).
  • Os desafios que se apresentam e as possíveis soluções à gestão integral desses conjuntos: novos modelos de negócio, mecanismos colaborativos, governança participativa (enlaçando com a área de envolvimento do cidadão), etc.

 

Exemplos de linhas na convocação de comunicações:

 

  • Estudos de casos de projetos inovadores para as cidades, centrados em património do movimento moderno arquitetónico e urbano, preservando a sua identidade.
  • Aplicação de técnicas de valoração económica do património: preços hedónicos, valoração contingente, método de custo de viagem, etc (algumas possivelmente vinculadas a turismo cultural).
  • Exemplos de gestão colaborativa público-privada relacionados com património do movimento moderno.